quinta-feira, 26 de maio de 2011

Segunda Chamada: Saltos nos dias 23/24 de julho, em Boituva (SP)



Amigos (as)!

Estamos organizando um novo grupo de pessoas interessadas em conhecer o mundo da queda livre em um salto duplo de paraquedas, nos dias 23/24 de julho, em Boituva (SP), e que em seguida possam, eventualmente, conceder uma rápida entrevista sobre suas impressões pessoais do salto para meu projeto de pesquisa “Uma nova terapia dos ares: o potencial psicológico do estado de queda livre (60 segundos a 250 Km por hora) no tratamento complementar e redução dos efeitos de distúrbios como ansiedade, depressão, stress, síndrome do pânico e dependência química”.

O estudo incluirá cerca de 100 entrevistas para comprovar, quantitativa e qualitativamente, os efeitos psicológicos e emocionais da queda livre. Além de estudar pessoas com os sintomas acima mencionados quando submetidas ao que eu chamo de “estado de queda livre”, outro grande objetivo do trabalho é mostrar que o paraquedismo é um esporte seguro, saudável e que pode ser praticado por qualquer indivíduo, com inúmeros benefícios para a saúde física, mental e emocional, como superação de medos, melhora nos níveis de auto-estima, alívio no stress, etc.

O escritor e psiquiatra Augusto Cury, autor de livros como Código da Inteligência, Nunca Desista De Seus Sonhos, O Futuro da Humanidade e Inteligência Multifocal, foi um dos primeiros entrevistados do Projeto FLY AGAIN!

Em resumo, ele disse: “Com a prática do esporte, o cérebro cria uma nova plataforma com áreas responsáveis pelo deslocamento de um grupo de ‘janelas killer’ (ou zonas traumáticas) para um grupo de ‘janelas light’, onde há segurança, sentimento de superação, liberdade, prazer, capacidade crítica de pensar e reciclar os estados psíquicos. O indivíduo volta a existir, pensar, sonhar, sorrir e amar, de modo a dar sustentabilidade à sua melhora. Na queda livre, neurotransmissores como a serotonina (responsável pela sensação de prazer), mas também a adrenalina, noradrenalina e a acetilcolina, desenvolvem um estado emocional intenso que é registrado de maneira privilegiada pelo fenômeno RAM (Registro Automático da Memória), formando ‘janelas light power’ que são lidas, relidas e retroalimentadas, expandindo as áreas saudáveis do cérebro.”

Em uma parceria inédita do Projeto FLY AGAIN! com a escola Azul do Vento (http://www.azuldovento.com.br/saltoduplo.asp), conseguimos fechar os saltos duplos com filmagem + 30 fotos por R$ 380,00 em duas vezes sem juros no cheque. Como estou levando grupos grandes, consegui um desconto de R$ 19 por salto, que era R$ 399,00. O acerto será feito diretamente na escola e são necessários apenas 15 minutos de orientação no solo com o instrutor para o salto. Escolhemos a Azul do Vento pela seriedade e credibilidade dessa escola ao longo dos últimos anos, além dela contar com equipamentos de última geração e excelentes profissionais em seu STAFF. A escola possui 30 anos de história no esporte e é uma das escolas mais tradicionais e conceituadas de todo o mundo.

Fica aqui registrado o convite para esse novo desafio! Pessoas interessadas em um salto duplo de paraquedas nos dias 23/24 de julho, em Boituva (SP), e participar do Projeto FLY AGAIN com seus depoimentos, podem enviar um e-mail com nomes e contatos para thiago.andre.romero@gmail.com.

Aloha Adrenalina!





Abraços e obrigado,





Thiago Romero
11 – 7884-8919

quarta-feira, 25 de maio de 2011

"Após retornar para o esporte, a minha melhora foi acelerada e hoje não sinto mais nada"


Essa manhã fui presenteado com o depoimento do Jeferson Bernardes, um paraquedista que interrompeu os saltos por orientação de seu psiquiatra, mas mal sabia ele que o próprio paraquedismo poderia ser responsável pela sua melhora (depressão e síndrome do pânico), uma evidência de que estou no caminho certo! Segundo ele, "Após retornar para o esporte, a minha melhora foi acelerada e hoje nao sinto mais nada". O Jeferson deverá ser o próximo entrevistado para meu estudo "Uma nova terapia dos ares". FLY AGAIN!

Segue na íntegra o depoimento dele:

"Thiago,

Em primeiro lugar gostaria de parabeniza-lo pelas sabias palavras postadas neste blog. Me identifiquei com cada paragrafo escrito. Sou paraquedista e amo muito este esporte. No ano passado tive o prazer de saltar interrompido devido a um estado de depressao combinado a syndrome do panico que ate hoje nao consegui entender muito... bem porque isso aconteceu comigo. Quando me vi nesta situacao busquei ajuda de um psiquiatra que vem me ajudando muito. Quando me vi nesta situacao a primeira pergunta que fiz para ele foi " doutor isso que estou passando pode me tirar do esporte que tanto amo?". Imediatamente ele me respondeu que eu evitasse este tipo de situacao por um tempo, pois eu associava todos os locais aos quais eu tinha meus momentos de panico a lugares proibidos aos quais eu nao deveria mais voltar. Segui os conselhos dele e me afastei do esporte por alguns meses. Neste periodo tive um acompanhamento medico e fiz tratamento com remedios. Na medida em que me sentia melhor comecei a me impor novamente a voltar para os lugares antes considerados proibidos. Quando me senti um pouco mais preparado decidi voltar a saltar. Apos retornar para o esporte a minha melhora foi acelerada e hoje nao sinto mais nada. Estou escrevendo isto porque nao so acredito na sua tese, mas porque vivenciei isto.

Parabens pela iniciativa!!!!!!"

terça-feira, 24 de maio de 2011

A união do Paraquedismo e da Psicologia...


Acabo de entrevistar o escritor e psiquiatra Augusto Cury para o meu projeto de pesquisa, um dos primeiros a dar uma explicação científica ao que eu chamo de "estado de queda livre".

Ele disse: “Quando o paciente está com a mente hiper-acelerada, na lama de suas preocupações, com idéias angustiantes, pensamentos antecipatórios e até resgatando seu passado para imprimi-lo em culpa, não importando a origem do estado de ansiedade ou do humor depressivo, se você o desafia a saltar de paraquedas, ele romperá com o cárcere da rotina e seu cérebro deslocará um grupo de “janelas killer” (ou zonas traumáticas) para saltar, fisicamente e psicologicamente, para um grupo de “janelas light”, onde há segurança, sentimento de superação, liberdade, prazer, capacidade crítica de pensar e reciclar os estados psíquicos.

Com a prática do esporte, o cérebro do paciente cria uma plataforma com novas áreas que, mesmo tendo uma história doentia, faz com que ele volte a existir, pensar, sonhar, sorrir e amar, de modo a dar sustentabilidade à sua melhora.

Nesse estado de queda livre (em que o paciente despenca durante um minuto a 250 quilômetros por hora), os neurotransmissores, em especial a serotonina (responsável pela sensação de prazer e bem-estar), mas também a adrenalina, noradrenalina e a acetilcolina, desenvolvem um estado emocional intenso que é registrado de maneira privilegiada pelo fenômeno RAM (Registro Automático da Memória), formando “janelas light power” que são lidas, relidas e retroalimentadas, expandindo as áreas saudáveis do cérebro”.

Obrigado Dr. Cury

Projeto FLY AGAIN! O Nascimento...


Tudo começou em 2002 quando, motivado por um amigo de academia, resolvi fazer um salto de paraquedas e pela primeira vez na vida sentir a sensação indescritível de despencar no ar durante infinitos 60 segundos, a cerca de 250 quilômetros por hora. Lembro-me como se fosse hoje: o Betinho, esse meu colega, me perguntou: “você já saltou de paraquedas?” E eu disse: “Nunca”. Ele: “Eu também não”. E os dois quase que juntos: “Então vamos!” Algo tão ingênuo e sincero, um espírito de aventura tomou conta de nossa alma e foi assim que decidimos saltar, com muita alegria, entusiasmo e determinação. E no paraquedismo quem pensa demais pode nunca fazer o primeiro salto.

Fomos até Campinas na Escola Azul do Vento, em pleno Campeonato Brasileiro de Pára-Quedismo, e logo nos candidatamos para o primeiro salto duplo de nossas vidas! Eu tinha 23 anos e não tinha noção da sensação que iria experimentar pela frente...

Ao subir no avião com o instrutor, o Brisola, a única coisa que vinha em minha mente era a pergunta “O que eu estou fazendo aqui? Acho que eu fiquei maluco”. O avião estava lotado de paraquedistas disputando o campeonato, todos felizes, cantando e eu morrendo de medo. Eu só olhava para o instrutor (que subiu os 4 quilômetros meditando, de olhos fechados), e pensava: “amigo, nós vamos morrer, se prepara!". Mas eu estava simplesmente a poucos minutos de ser introduzido ao melhor esporte do mundo. Vai entender! Aliás, a queda livre é um mundo a parte mesmo, experimentem... É o medo que subitamente desaparece quando tiramos os pés do avião e começamos a voar, voar...

As portas do avião se abriram, fizemos os procedimentos combinados e... 3, 2, 1 Goooooooo! Ele deu um looping comigo e começamos a despencar em queda livre, logo vi o terceiro homem se aproximando, o Rodrigo Kristensen, cameraflyer que filmou e fotografou todo o salto. A emoção era tão grande que em queda livre eu entrei num estado de tanta adrenalina, uma espécie de êxtase emocional, é como se entrássemos em outra dimensão física, mental, emocional e até espiritual... E entramos mesmo, faltam palavras no dicionário para esse novo "estado"! Por isso nos meus estudos sobre o assunto só chamarei de “estado de queda livre”. E uma das coisas que mais me fascina é justamente essa superação do medo a cada salto, devido às tecnologias avançadas dos equipamentos que conferem altos níveis de segurança ao esporte. E no Brasil contamos com instrutores altamente capacitados, então, vai por mim, não tem erro nenhum. É chegar e botar pra baixo!

Chegamos em terra firme com a máxima segurança e, como ocorre com a maior parte dos paraquedistas até hoje, a primeira frase que saiu da minha boca foi: “Quero saltar de novo”. Por isso o nome do meu Projeto... FLY AGAIN! Foram os melhores e mais bem vividos 60 segundos de toda a minha vida, isso eu posso dizer com toda a certeza.

A sementinha da queda livre foi plantada em mim e, como uma paixão a primeira vista, o paraquedismo nunca mais saiu da minha cabeça e dos meus projetos pessoais. No início de 2004 me formei no curso AFF (sigla para Accelerated Free Fall - o método mais avançado do mundo para quem deseja se tornar pára-quedista). Em 2005 sugeri uma pauta aos editores da revista Trip, que foi aceita de bate e pronto: descobri um psiquiatra residente em Belém do Pará, o Dr. José Paulo de Oliveira Filho, pioneiro no Brasil na percepção do potencial terapêutico do estado de queda livre. Escrevi uma reportagem de duas páginas para a revista sobre o trabalho do "Doutor Aventura": na época ele utilizava o paraquedismo para o tratamento complementar de distúrbios como ansiedade, depressão, estresse e dependência química.

E a matéria fez com que mais uma semente fosse plantada em meu coração: a de que o assunto tinha alto grau de ineditismo e que ainda tinha muito a ser explorado, tanto do ponto de vista científico como jornalístico. Segui adiante com esse projeto em mente e hoje ele está virando um estudo de pós-graduação, cujo tema será “Uma nova terapia dos ares: o potencial psicológico do estado de queda livre (60 segundos a 250 Km por hora) no tratamento complementar e redução dos efeitos de distúrbios como ansiedade, depressão, stress, síndrome do pânico e dependência química”.

Em um primeiro momento, a ideia é fazer cerca de 100 entrevistas para comprovar, quantitativa e qualitativamente, os efeitos psicológicos e emocionais da queda livre. Em uma segunda etapa, o sonho é entender as mudanças fisiológicas do organismo, quando deverei saltar com eletrodos na cabeça ou outros dispositivos pelo corpo para analisar as transformações neurológicas e hormonais que sofremos no estado de queda livre.

Esse é o início do Projeto FLY AGAIN!. O grande sonho, no entanto, é fazer 500 saltos paralelamente ao estudo científico, virar instrutor de salto duplo, estabelecer parcerias com clínicas de psicologia do país e levar para saltar, em Boituva-SP, grupos de pessoas que desejam provar os benefícios da queda livre e, logo em seguida, conceder entrevistas para a minha pesquisa.

O projeto será repleto de saltos e entrevistas, saltos e entrevistas... Até completar 500 saltos e 100 entrevistas! Vai dar tudo certo, tenho certeza!

Afinal, no pára-quedismo o que mais vale é aquela máxima: "a vida não é medida pelo número de vezes que respiramos, mas pelos momentos em que perdemos o fôlego de tanto rir, de surpresa, de êxtase, de felicidade..." E eu vou além: “perdemos o fôlego de tanta emoção gerada nesse estado alterado de consciência chamado free fall”.

Valeu Galera!
Aloha Adrenalina...
Thiago Romero
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"Quando você tiver provado a sensação de voar, andará na terra com os olhos voltados para o céu, onde esteve e para onde desejará voltar." Leonardo da Vinci

Clique aqui e leia a reportagem "Divã nas Nuvens" na revista Trip.