quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Depoimentos Projeto FLY AGAIN! - "Uma nova terapia dos ares"


Fly Again! é um projeto de pesquisa que está comprovando, por meio de 100 entrevistas e 500 saltos de paraquedas, que a queda livre pode trazer inúmeros benefícios para a saúde física, mental e emocional dos indivíduos, como superação de medos, melhora da auto-estima, alívio no stress, melhora nos níveis de ansiedade, etc.


“Assim como um psicólogo ou psiquiatra no consultório, o instrutor de paraquedismo é a peça chave no tratamento do paciente, ele faz o papel de cuidador, de anjo da guarda, um sujeito que ensina o aluno a ter mais controle sobre sua própria vida durante a queda livre. Talvez o efeito de maior valor nesse processo seja o contato com esse anjo da guarda que é o instrutor, que precisa acalmar, levar alegria e passar segurança e confiança ao aluno. Depois que o atleta começa a saltar sozinho, ele começa a buscar novos objetivos e modalidades no esporte, mas mesmo assim ele pode crescer como paraquedista e continuar tendo o instrutor como uma referência que pode ter um papel fundamental em sua evolução clínica. A adrenalina, serotonina, noradrenalina e dopamina liberadas durante os saltos têm vida útil no organismo dos atletas e cabe a esse instrutor-cuidador estar sempre preocupado em retomar o tratamento terapêutico conjugado ao paraquedismo, quando a qualidade técnica dos saltos é avaliada e novos patamares começam a ser alcançados no esporte. No final das contas, instrutor e atleta acabam evoluindo junto no esporte e também em outras áreas de suas vidas.”

Ivan Capelatto é mestre em psicologia clínica, psicoterapeuta de crianças, adolescentes e famílias, é colaborador da Unesco com o Projeto Vida, é professor do Curso de Terapia Breve Familiar do The Milton H. Erickson Foundation, em Phoenix, no Arizona (EUA) e docente do Curso de Especialização em Medicina da Família da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). É também autor de vários livros, entre eles “Diálogos sobre Afetividade - O Nosso Lugar de Cuidar” e “Prepare as Crianças para o Mundo”.


"Com a prática do paraquedismo, o cérebro cria uma nova plataforma com áreas responsáveis pelo deslocamento de um grupo de ‘janelas killer’ (ou zonas traumáticas) para um grupo de ‘janelas light’, onde há segurança, sentimento de superação, liberdade, prazer, capacidade crítica de pensar e reciclar os estados psíquicos. O indivíduo volta a existir, pensar, sonhar, sorrir e amar, de modo a dar sustentabilidade à sua melhora. Na queda livre, neurotransmissores como a serotonina (responsável pela sensação de prazer), mas também a adrenalina, noradrenalina e a acetilcolina, desenvolvem um estado emocional intenso que é registrado de maneira privilegiada pelo fenômeno RAM (Registro Automático da Memória), formando ‘janelas light power’ que são lidas, relidas e retroalimentadas, expandindo as áreas saudáveis do cérebro.”

Augusto Cury, escritor e psiquiatra, autor de livros como Código da Inteligência, Nunca Desista De Seus Sonhos, O Futuro da Humanidade e Inteligência Multifocal


“Quando eu saltei de paraquedas eu tinha um único objetivo: me livrar de alguns fantasmas da alma. E deu certo, consegui deixar eles lá no céu...”

Claudia Valeria Sorrentino, empresária de Florianópolis, Santa Catarina


“A queda livre provoca transformações neuroquímicas por causa das altas doses de adrenalina. Trata-se de uma resposta neural extrema, como se o cérebro do paciente fosse um prédio que acende todas as luzes de repente, o que modifica o pensamento, as emoções e o comportamento do indivíduo. A idéia é melhorar a auto-estima dos pacientes. Após os saltos, eles conseguem enxergar a vida sob outro prisma, passam a ser mais audaciosos e otimistas, duas mudanças que contribuem para a recuperação".

José Paulo de Oliveira Filho, psiquiatra paraense, o “Doutor Aventura”
Clique aqui e leia reportagem “Divã nas Nuvens” na revista Trip.

“Sou paraquedista e amo muito o esporte. Quando tive um estado de depressão combinado à síndrome do pânico, busquei a ajuda de um psiquiatra que me pediu para evitar a queda livre por algum tempo. Segui seus conselhos e me afastei do esporte por alguns meses. Nesse período, tive acompanhamento médico e fiz tratamento com remédios. Mas à medida que me sentia melhor comecei a me impor novamente e, quando me senti mais preparado, decidi voltar a saltar e minha melhora foi mais acelerada. Hoje não sinto mais nada.”

Jeferson Bernardes, empresário de São Paulo

“Quando eu comecei a saltar, fazia terapia holística e, na época, tive alta pois o paraquedismo veio preencher um certo vazio que eu sentia. Posso classificar minha vida antes e depois do paraquedismo. Existe uma cumplicidade entre as pessoas que saltam que acaba nos encorajando a praticar o esporte e nos motivando a sermos pessoas melhores, encontramos uma alegria contagiante. Minha auto-estima melhorou pois quando olhamos tudo lá de cima do avião, percebemos o que somos, o quão melhor podemos ser e acredito que a adrenalina promove uma alegria imensa que nos alimenta a semana inteira, até chegar o próximo salto. Para mim o paraquedismo sempre foi tudo de bom!"

Izamara de Bortoli, empresária de Francisco Beltrão, Paraná


“Medo eu tinha quando pensava em saltar de paraquedas antes de conhecer o Fly Again! Nunca havia associado o paraquedismo a benefícios psicológicos e, após ler os depoimentos do projeto, percebi que o esporte poderia ir além de uma simples diversão. Passei a enxergar o salto como uma terapia e, sinceramente, não senti medo nem ansiedade. Pratiquei a confiança, a calma, o relaxamento e iniciei meu preparo psicológico uma semana antes. No salto eu só quis colher os benefícios da queda livre, foi tudo muito tranqüilo. Ter encarado o paraquedismo como terapia fez TODA a diferença. E os efeitos do salto mudaram meu ponto de vista sobre muita coisa”,

Diogo Travagin da Silva, analista de sistemas de São Paulo, saltou com o Projeto Fly Again! no dia 11 de junho em Boituva

"Não digo que estou curado, mas hoje supero crises de medo com mais facilidade. Comparando com o salto de um avião a 4000 metros de altitude, muitos problemas em minha vida se tornaram pequenos."

Eric Forat, paciente do psiquiatra paraense José Paulo de Oliveira Filho com sintomas de depressão, após ter se submetido a uma bateria de saltos no aeroclube do Pará


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